"Portugueses merecem um pedido de desculpas" da ANTRAM e do Governo

O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) mantém o desafio à ANTRAM para uma reunião na tarde desta quinta-feira.

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Fábio Nunes
15/08/2019 11:21 ‧ 15/08/2019 por Fábio Nunes

Economia

Pardal Henriques

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) não desarma na sua luta e atira para a ANTRAM a responsabilidade pela continuação da greve dos motoristas. Em declarações aos jornalistas, Francisco São Bento, presidente do SNMMP, frisou que a greve vai continuar "de forma ordeira".

O responsável do sindicato revelou que mantém o desafio lançado esta quarta-feira à ANTRAM e Pardal Henriques, o vice-presidente e porta-voz do SNMMP, vai comparecer na DGERT às 15 horas de hoje para uma reunião com os responsáveis da associação de empresas de transporte, isto apesar de ontem a ANTRAM ter rejeitado comparecer nessa reunião. 

Mas Francisco São Bento já esclareceu que não vai ceder à exigência da ANTRAM para que essa reunião se concretize, e que era o fim da greve. "Sendo essa a única cedência que a ANTRAM pretende, está a resposta dada. A ANTRAM simplesmente não quer negociar e pretende que esta greve continue", sublinhou. "Fica ao critério dos portugueses constatar quem é que não quer negociar".

O líder do SNMMP também deixou críticas ao acordo firmado entre a ANTRAM e a Fectrans. "Pela segunda vez em menos de um ano, a Fectrans vem efetivar um contrato à revelia dos trabalhadores. A ANTRAM e a Fectrans impõem o que querem aos trabalhadores e os trabalhadores simplesmente têm de aceitar", realçou Francisco São Bento. 

Questionado sobre se o sindicato devia um pedido de desculpas aos portugueses por esta greve, Pardal Henriques afirmou que o pedido de desculpas deve partir do outro lado da barricada.

"Acho que os portugueses merecem um pedido de desculpas e a ANTRAM já devia ter pedido desculpa, e o Governo também já devia ter apresentado um pedido de desculpas. A greve só se mantém porque não querem negociar connosco", declarou. "Penso que o país inteiro já percebeu o que se está a passar e que há forças muito grandes a lutar contra estas pessoas".

Apesar da GNR ter negado ontem a detenção de motoristas, Pardal Henriques insiste que houve motoristas a serem detidos. "Há documentos públicos dessas detenções", disse. 

[Notícia atualizada às 11h32]

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