"Lamentamos que, devido a uma greve desnecessária por parte de um pequeno número da nossa tripulação portuguesa e do seu sindicato SNPVAC, alguns voos das nossas bases portuguesas poderão sofrer alteração nos horários de quarta-feira, 21 de agosto, até domingo, 25 de agosto", pode ler-se num comunicado oficial da Ryanair publicado no 'site' da companhia.
A empresa de aviação irlandesa afirma continuar aberta "a conversar com o SNPVAC", pedindo que se "retomem as negociações" de forma a garantir "os planos de viagem de milhares de turistas e das suas famílias".
A Ryanair informou ainda que "todos os clientes afetados já foram notificados hoje por email/SMS e informados das suas opções", assegurando que quem não foi informado não sofrerá perturbações nos voos.
Em 1 de agosto, o SNPVAC entregou um pré-aviso de greve dos tripulantes de cabine da Ryanair entre 21 e 25 de agosto, exigindo o cumprimento da legislação laboral portuguesa.
O pré-aviso de greve abrange todos os voos da Ryanair cujas horas de apresentação ocorram entre as 00h00 e as 23h59 horas dos dias previstos para a paralisação (tendo por referência as horas locais) e os serviços de assistência ou qualquer outra tarefa no solo.
Na base deste pré-aviso de greve está, segundo refere o SNPVAC em comunicado, o facto de a Ryanair continuar a "incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados através das agências Crewlink e Workforce".
Em 6 de agosto, a Ryanair comunicou, em Faro, que vai encerrar a base naquele aeroporto em janeiro de 2020, e despedir cerca de 100 trabalhadores, embora mantenha os voos, revelou à Lusa a presidente do sindicato dos tripulantes.
Em 9 de agosto, o SNPVAC denunciou que a Ryanair enviou aos tripulantes um questionário 'online' com o objetivo de saber se vão participar na greve entre 21 e 25 de agosto.
Em informação enviada à Lusa, a estrutura sindical mostrou imagens do inquérito, que pede aos tripulantes que assinalem os dias em que planeiam aderir à paralisação e refere que, caso não haja resposta, presumem que farão greve.
No mesmo inquérito, a companhia aérea dá ainda a possibilidade aos trabalhadores que não estavam escalados nos dias da greve de se apresentarem "para minimizar as perturbações aos clientes".
O SNPVAC considera esta atitude "ilegal".