"Outra garantia que nos foi dada pelo senhor ministro é que podemos transmitir uma certa tranquilidade aos tripulantes da base de Faro porque os interesses deles vão ser acautelados pelo Governo", disse Luciana Passo à saída de uma reunião com o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, onde também debateu a atual greve dos tripulantes de cabine da companhia aérea.
Questionada pelos jornalistas à porta do ministério, em Lisboa, sobre como será efetivada essa garantia, a presidente do SNPVAC declarou que "terá de ser o senhor ministro, eventualmente, a anunciar", já que "não é em três ou quatro horas de reunião que fica tudo estabelecido".
A secretária de Estado do Turismo reuniu-se hoje com a Ryanair, em Dublin, Irlanda, para debater "a competitividade" do aeroporto de Faro, nomeadamente com a manutenção da base, bem como alargar a presença da companhia aérea ao Funchal.
Em declarações à Lusa, Ana Mendes Godinho adiantou que o Governo está "a trabalhar para manter a competitividade do aeroporto de Faro, concretamente no inverno, e combater a sazonalidade, trabalhando com todas as companhias aéreas e criando as condições para que os aeroportos de Faro e do Funchal tenham capacidade de facto de manter a competitividade aérea ou até reforçar".
A governante, que foi acompanhada na deslocação a Dublin pelo presidente do Turismo de Portugal, Luís Araújo, não deu mais novidades acerca de uma possível manutenção da base de Faro e dos 100 postos de trabalho em causa.
"Neste momento não tenho mais novidades que não sejam estas, de que estamos a avaliar a situação e com essa preocupação de manter ligações aéreas e aumentar as ligações aéreas para o Funchal e garantir a competitividade aérea de Faro no inverno", salientou.
Questionada sobre uma possível abertura da Ryanair para manter a base, Ana Mendes Godinho disse apenas que está "a trabalhar" para "que os aeroportos garantam competitividade".
No dia 6 de agosto, a Ryanair comunicou, em Faro, que iria encerrar a base naquele aeroporto em janeiro de 2020, e despedir cerca de 100 trabalhadores, embora mantenha os voos, revelou à Lusa a presidente do sindicato dos tripulantes.
A presidente do SNPVAC disse na ocasião que uma diretora de recursos humanos da Ryanair tinha estado em Faro para anunciar o encerramento.
Os tripulantes começaram hoje uma greve de cinco dias, até domingo, e que conta com serviços mínimos decretados pelo Governo.