A economia portuguesa cresceu 1,9% no terceiro trimestre do ano, de acordo com os dados do produto interno bruto (PIB) divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), esta quinta-feira. Esta taxa, sublinhe-se, é idêntica à registada no mês anterior, o que significa que a economia portuguesa manteve o ritmo de crescimento em termos homólogos.
Os economistas consultados pela agência Lusa antecipavam uma uma expansão de 2% do PIB, uma décima acima do crescimento de 1,9% registado entre abril e junho.
"A procura interna registou um contributo positivo para a variação homóloga do PIB semelhante ao observado no 2.º trimestre, verificando-se uma aceleração do consumo privado, enquanto o investimento registou um crescimento menos intenso. O contributo da procura externa líquida manteve-se negativo no 3.º trimestre, observando-se uma aceleração das Importações e das Exportações de Bens e Serviços", revela o INE.
Se olharmos para os números em cadeia, ou seja, em comparação com o 2.º trimestre, a taxa de crescimento do PIB aumentou 0,3% em termos reais - face aos 0,6% registados no trimestre anterior, "refletindo o contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, superior ao registado no 2º trimestre, e o contributo negativo mais intenso da procura externa líquida", explica a agência de estatísticas.
Os economistas consultados pela agência Lusa já antecipavam esta desaceleração, ao estimarem um crescimento de 0,4% no terceiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, abaixo do crescimento de 0,6% registado no segundo trimestre.
Na semana passada, a Comissão Europeia melhorou em três décimas a previsão de crescimento económico de Portugal para 2% este ano, uma décima acima do esperado pelo Governo (1,9%), mantendo a anterior previsão de 1,7% para 2020, três décimas abaixo da previsão do executivo português (2%).
