Paralelamente, o grupo lançou em novembro a primeira pedra para a construção de um hotel em Newark, em parceria com o sócio local e proprietário inicial Seabra, que deverá estar finalizado dentro de 18 meses.
A centésima unidade do grupo Pestana e a primeira em Nova Iorque é o Pestana Park Avenue, um hotel 'boutique' que custou cerca de 30 milhões de euros.
O responsável explicou que o hotel de Park Avenue está à espera das inspeções finais pelas respetivas tutelas de Nova Iorque e do certificado final, sem o qual não pode marcar uma data de inauguração, mas prevendo uma pré-abertura para janeiro.
Dionísio Pestana disse que investimento na unidade - 30 milhões de euros - superou as iniciais, de 23 milhões de euros, porque esse valor não previa o mobiliário e decoração, acrescentando que, já terminado, o hotel possui "uma qualidade superior do que o projeto inicial".
"Começámos com um hotel Pestana de quatro estrelas, mas pela localização, pelas vistas, achámos uma mais valia investir mais um pouco, ter melhor acabamento e torná-lo num hotel boutique", afirmou o proprietário.
O 100.º hotel do grupo localiza-se a uma distância curta da estação Grand Central, os icónicos edifícios Empire State e Chrysler Building, Bryant Park e Nações Unidas.
O hotel Pestana Park Avenue demorou mais de dois anos a ser construído, sendo que houve "alguns atrasos", devido a "uma obra complicada no sentido das fundações", mais precisamente para assegurar que o novo edifício tinha uma cave, num sítio de "prédios históricos com 50 ou 60 andares".
Segundo Dionísio Pestana, o diretor-geral do hotel vai ser José Carlos Fernandes, que já dirigiu as unidades hoteleiras Pestana em Cascais e na Madeira.
O resto da equipa é constituída por portugueses e estrangeiros que conhecem o mercado de Nova Iorque, como a diretora de vendas ou o diretor de manutenção, mas "todos os serviços partilhados, como o 'back office' e a parte financeira, são de Portugal".
Apesar de o processo de licenciamento ter sido "complexo", Dionísio Pestana disse que "o 'timing' foi perfeito", já que o 'mayor' de Nova Iorque, Bill de Blasio "suspendeu todas as licenças futuras de hotéis nessa zona" e deu uma "vantagem competitiva" à unidade portuguesa.
O segundo hotel em Nova Iorque, o Pestana CR7, estará acabado até final de 2020, garantiu Dionísio Pestana à Lusa e será um "produto diferenciado e original" e dirigido para um segmento de mercado "mais jovem e mais criativo", na 39 Street, nas proximidades de Times Square.
O grupo hoteleiro tem "maiores expectativas ainda" para o Pestana CR7, que vai ser uma "novidade para este mercado, principalmente para o público latino e aqueles que acompanham o futebol", revelou Dionísio Pestana.
Com os dois novos hotéis em Nova Iorque e o futuro hotel em Newark, em Nova Jérsia, a menos de 20 quilómetros de distância, o grupo Pestana espera consolidar a presença no mercado norte-americano, com 350 milhões de habitantes e atrair o interesse destes para conhecer Portugal.
Dionísio Pestana considerou que "a oferta estabilizou" e a procura "continua a crescer" em Miami, onde o grupo abriu o seu primeiro hotel nos Estados Unidos, em 2013.
"O plano de expansão está forte", disse o responsável do grupo hoteleiro, adiantando à Lusa que prevê a abertura de mais sete unidades no próximo ano e outras cinco unidades entre os anos 2021 e 2023.
No próximo ano, para além de Nova Iorque, o grupo prevê abrir dois hotéis em Lisboa, dois no Porto e os restantes na Madeira, Algarve, Madrid e Marraquexe.