"Só poderemos ser mais fortes se conseguirmos ser competitivos", disse Pedro Siza Vieira durante uma intervenção na conferência Portugal na próxima década, organizada pelo Dinheiro Vivo, em Lisboa.
De acordo com o governante, na próxima década, o país precisa de uma "aposta contínua nas áreas de inovação, formação e requalificação".
"Somos muito poucos em Portugal e não podemos desperdiçar o talento de ninguém", disse.
Para o ministro, haverá dois cenários possíveis para o país em 2030.
O cenário de "um país com um nível de desenvolvimento de acordo com a União Europeia, resultante da inovação, assente na qualificação das pessoas que estão disponíveis para funcionar nesse modelo integrado e de maior valor acrescentado".
Ou, continuou, o cenário "da aldeia de Trás-os-Montes": "um sítio que as pessoas gostam de visitar, matar saudades" e onde os habitantes vão ficando "cada vez mais velhos".
Pedro Siza Vieira considerou assim que apenas há um caminho possível para chegar a uma economia consolidada.
"Temos de ser competitivos na produção de bens e serviços", afirmou.
"Há que investir em investigação e desenvolvimento, continuar a dar incentivos fiscais à investigação, ser capazes de orientar recursos públicos para ciência, investigação e inovação", num esforço que precisará de ser partilhado também pelas empresas.