O subsistema de saúde dos funcionários públicos, a ADSE, está a reembolsar os beneficiários com um atraso de 90 dias, um prazo que tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos. Em resposta às questões colocadas pelo Notícias ao Minuto o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública (MMEAP), que tutela a ADSE, disse que foram identificados três fatores e que o Governo, a par dos serviços, vai intervir para reduzir este prazo.
As três causas identificadas pelo Ministério de Alexandra Leitão são a redução do número de trabalhadores, maior exigência na admissão de faturas e a introdução da apresentação de parecer médico a comprovar a necessidade clínica para a realização de um conjunto de atos médicos.
Quer isto dizer que um beneficiário de ADSE que hoje realize um procedimento médico só terá o seu reembolso daqui por, sensivelmente, três meses - na prática, como estamos em dezembro, lá para março.
Ao Notícias ao Minuto, o gabinete de Alexandra Leitão assegura que o Governo vai intervir, em conjunto com os serviços, de modo a que este tempo de espera seja reduzido o mais rápido possível.
"O MMEAP irá, juntamente com os serviços, intervir nas várias causas já identificadas para reduzir o mais rapidamente possível o período dos reembolsos, garantindo simultaneamente a qualidade da assistência dos beneficiários e a sustentabilidade deste subsistema de saúde", pode ler-se.
Em causa, sublinhe-se, está uma notícia do Correio da Manhã, no início desta semana, a dar conta que o pagamento das despesas de saúde aos beneficiários da ADSE aumentou quase dois meses desde 2017. Neste momento, está nos 90 dias, disse Eugénio Rosa, vogal da direção do subsistema de saúde, em declarações ao mesmo jornal.
O Notícias ao Minuto questionou também a ADSE sobre este atraso, mas até à data de publicação deste artigo não foi possível obter uma resposta.