Em comunicado, a associação solicitou "com caráter de urgência" que fossem implementadas "medidas de apoio para o setor, no sentido de minimizar os efeitos das graves ocorrências dos últimos dias, consequentes da danificação de infraestruturas rodoviárias".
A associação destacou os danos "no IP3, que têm condicionado fortemente a circulação e contribuído para um incremento de custos relevante e para o aumento da insegurança naquela via".
A Antram propõe "que essas medidas contemplem a isenção do pagamento de portagens para veículos pesados em percurso alternativo entre a A25 e a A1, entre o nó de ligação de Mangualde (A25) e Coimbra Norte (A1), enquanto decorrerem as obras no IP3".
Além disso, a associação quer ainda uma medida semelhante no caso da "utilização da A14, enquanto não forem regularizados os danos consequentes da queda dos diques em Montemor-o-Velho, o que tem causado graves consequências nas ligações à Figueira da Foz".
Os efeitos do mau tempo, que se fazem sentir desde quarta-feira, já provocaram dois mortos e um desaparecido e deixaram 144 pessoas desalojadas e outras 352 deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.600 ocorrências, na maioria inundações e quedas de árvores.
O mau tempo, provocado pela depressão Elsa, entre quarta e sexta-feira, a que se juntou no sábado a depressão Fabien, provocou também condicionamentos na circulação rodoviária e ferroviária, bem como danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.
A Autoridade Nacional de Proteção Civil, num balanço feito hoje às 10:00, disse que o distrito de Coimbra é aquele que ainda causa maior preocupação, apesar de o número de ocorrências ter "baixado significativamente", esperando-se a redução do leito do rio Mondego nos próximos dias.