"Estamos com uma consultora a fazer a escolha de um melhor modelo para podermos lançar o concurso internacional, esperemos que seja durante o primeiro semestre de 2020", perspetivou Paulo Veiga, após ser empossado como novo ministro da Economia Marítima.
Em agosto de 2017, o atual Governo cabo-verdiano, suportado pelo Movimento para a Democracia (MpD), anunciou a anulação do concurso público internacional para a subconcessão dos principais portos do país, explicando que o modelo anterior não respondia às exigências da nova visão estratégia definida para o setor.
A multinacional francesa Boloré tinha vencido o concurso para a concessão dos principais portos de Cabo Verde ainda no anterior Governo do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).
Paulo Veiga, que desempenhava as funções de secretário de Estado da Economia Marítima desde janeiro de 2018, vai assumir esta pasta ministerial, depois da saída, por razões pessoas, de José Gonçalves, que tutelava o Turismo e Transportes e também a Economia Marítima.
O novo ministro disse que as grande políticas para o setor já estão desenhadas e que agora é acelerar a sua implementação dessas.
Quanto às prioridades, Paulo Veiga traçou a implementação dos transportes marítimos interilhas, fazer com que o sistema de funcione, mas também acompanhar e acelerar as infraestruturas que estão a ser construídas, em especial o Porto do Maio, a implementação do campos e do Instituto do Mar na ilha de São Vicente.
Para Paulo Veiga, o facto de agora haver dois ministros para cada um dos Ministérios vai facilitar e acelerará a implementação das políticas para o setor.
Com um ministro da Economia Marítima, o Governo de Cabo Verde deixa de contar com um secretário de Estado para esta pasta, adiantou o ministro.
Formado em Gestão de Empresas e Marketing, Paulo Veiga, 44 anos, já foi, entre outras funções, deputado nacional, vice-presidente da Câmara de Comércio, Indústrias e Serviços de Sotavento, presidente do Sporting Clube da Praia.