"O Santander Portugal vai adotar, a partir da próxima segunda-feira, dia 16 de março, um regime de acesso condicionado aos seus balcões", uma medida que se traduz "numa gestão de fluxos de entradas nos balcões, de modo a evitar aglomerações excessivas que possam implicar maiores riscos de contágio", pode ler-se no comunicado hoje enviado pelo banco às redações.
Assim, "à semelhança de medidas similares a adotar pelos restantes operadores do setor, será dado acesso simultâneo a um número de clientes que seja equivalente ao número de colaboradores existente no interior do balcão", adianta o Santander.
"Os clientes deverão assim, como já acontece com outro tipo de estabelecimentos, aguardar a sua vez em fila no exterior, guardando a distância social entre eles aconselhada pelas autoridades de saúde", prossegue o documento.
O banco refere ainda que "irá reforçar as medidas de limpeza e de higiene profilática no interior dos balcões, em benefício de clientes e colaboradores".
Em resposta a perguntas da Lusa, fonte oficial do Santander referiu ainda que recomendou aos trabalhadores para "não viajarem para as áreas com transmissão comunitária ativa", e os que tenham regressado de alguma dessas áreas "devem ficar de quarentena nos primeiros 14 dias seguidos após o seu regresso" e em teletrabalho sempre que possível.
"Para exercerem as suas funções profissionais devem privilegiar a utilização de canais alternativos de chamada ou videochamada, reforçando, portanto, a utilização dos dispositivos tecnológicos de comunicação e informação", adiantou a mesma fonte, referindo que o banco "tem vindo a incentivar o maior número de colaboradores a trabalharem a partir de casa".
As instituições bancárias têm incentivado os seus clientes a utilizar os seus canais digitais de comunicação, tentando diminuir a quantidade de atendimentos presenciais.
Todos os bancos que responderam à Lusa afirmaram que estão a operar tendo em conta as recomendações das autoridades de saúde competentes.
Hoje, em resposta à Lusa, fonte oficial do BPI afirmou que o banco vai funcionar "à porta fechada" a partir de segunda-feira devido à pandemia de Covid-19, e vai atender clientes "em caso de absoluta necessidade", caso estes assinalem a sua presença.
Também a Caixa Geral de Depósitos (CGD), em resposta à Lusa, assegurou estar a proceder ao reforço da "limpeza dos espaços e desinfeção dos mesmos, aquisição de material de proteção e limitação de viagens, nomeadamente para locais classificados como de maior risco pela DGS [Direção-Geral da Saúde] e a possibilidade de ter colaboradores a trabalhar à distância".
Já fonte oficial BCP respondeu à Lusa afirmando que "as viagens ao estrangeiro e as viagens com recurso a transporte aéreo estão condicionadas", e que, "como já é prática no banco, sempre que possível privilegiam-se as reuniões por videoconferência".
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.500 mortos em todo o mundo.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo e o número de infetados já ultrapassa as 151 mil pessoas, com casos registados em mais de 137 países e territórios, incluindo Portugal, com 169 casos confirmados.