"A Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas, em contacto com os armadores que operam para os Açores, informa que o abastecimento da Região por via marítima está a decorrer conforme o esperado, após ter sido decretada a requisição civil dos trabalhadores portuários em Lisboa", lê-se numa nota enviada às redações.
De acordo com a mesma nota divulgada pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GACS) do executivo regional, o navio "Corvo" saiu na sexta-feira de Lisboa para realizar as ligações a Ponta Delgada (São Miguel), Praia da Vitória (Terceira), Velas (São Jorge) e Ponta Delgada, regressando a Lisboa.
Já o navio "Furnas" saiu hoje à tarde de Lisboa, tendo programadas ligações a Ponta Delgada, Praia da Vitória, Vila do Porto e Ponta Delgada, regressando posteriormente à capital.
Quanto ao navio "Monte Brasil", a nota diz que "está atualmente a carregar, prevendo-se que saia de Lisboa no domingo" para realizar "as ligações com Ponta Delgada, Praia da Vitória, Ponta Delgada e Caniçal, na Madeira".
"Estes navios transportam toda a carga contentorizada que era previsto transportarem inicialmente", onde se incluem bens alimentares, sublinha o Governo açoriano.
O Governo dos Açores já se tinha manifestado satisfeito com a requisição civil decidida para o Porto de Lisboa.
O Governo decretou na terça-feira a requisição civil no Porto de Lisboa por considerar que não foram assegurados os serviços mínimos na greve dos estivadores, pondo em risco o abastecimento de Lisboa, Açores e Madeira, informou em comunicado.
"Perante o incumprimento da obrigação de prestação de serviços mínimos, decidiu o Conselho de Ministros determinar a requisição civil, de forma proporcional e na medida do necessário, para assegurar a satisfação de necessidades sociais impreteríveis e o funcionamento de setores vitais da economia nacional, em particular das regiões autónomas dos Açores e da Madeira", sublinhava o comunicado divulgado.
Segundo o executivo, tanto o SEAL -- Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística, que convocou a greve, como os trabalhadores abrangidos, não asseguraram os serviços mínimos fixados, pondo em risco o abastecimento de Lisboa e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
O Governo acrescentava que "o caráter excecional da requisição civil fica ainda a dever-se ao atual quadro de contingência decorrente do surto Covid-19, no âmbito do qual se constatou já uma afluência extraordinária de pessoas aos supermercados e farmácias, que motivou uma rutura de 'stocks'"