Rangel assegura frete de voos da China para Portugal

A empresa de logística portuguesa Rangel afirmou hoje que está a trabalhar para organizar voos fretados diretos da China para Portugal, para que as mercadorias "não passem pelo centro da Europa", evitando os atrasos e os bloqueios de carga.

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Lusa
24/03/2020 12:09 ‧ 24/03/2020 por Lusa

Economia

Covid-19

"A iniciativa é a de consolidar todas estas necessidades do mercado, obtendo a escala suficiente para a efetivação de voos diretos, dado que estas operações acarretarem custos para os seus utilizadores", refere a empresa em comunicado.

Devido à crise provocada pela pandemia da covid-19 assiste-se "a muitos constrangimentos ao nível de aeroportos e fronteiras terrestres", explica a Rangel Logistics Solutions, sublinhando que esta situação está "a impedir que produtos, materiais e equipamentos essenciais ao bom funcionamento da economia portuguesa" e, em especial na área da saúde, "cheguem a Portugal com a rapidez necessária".

A empresa decidiu assim "focar todos os seus esforços na procura de soluções", não só por ser "o seu negócio", mas porque "são também estes os desafios com que se debate diariamente, hoje ainda mais, o que exige uma responsabilidade acrescida".

No comunicado, a Rangel refere que tem vindo a contactar e a ser contactada por várias empresas, que necessitam de transportar da China para Portugal, para repor, nomeadamente, 'stocks' e mercadorias comerciais, além da filantropia.

A operação em que está a trabalhar vai permitir uma "expedição mais rápida e direta, evitará todo o tipo de constrangimentos, diminuirá os tempos de trânsito, até porque, grande parte destas mercadorias destinam-se a diversas entidades que necessitam das suas cargas com urgência", salienta a empresa de logística portuguesa.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 360.000 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.000 casos, tendo sido registados 3.277 mortes.

Nas últimas 24 horas a China reportou 78 novos casos, sendo quatro de contágio local e os restantes importados.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 499 mortes (41.511 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito na segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde.

 

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