A CP - Comboios de Portugal está a ser penalizada pelas restrições impostas pela pandemia da Covid-19. O jornal Público avança que a empresa, que está a ter uma quebra de faturação na ordem dos 95%, só tem dinheiro para assegurar os salários em abril.
No final de março, a CP anunciou uma redução do número de combois de longo curso, uma vez que foi registada uma quebra na procura de pelo menos 85% devido ao impacto da pandemia de Covid-19.
No entanto, o cenário agora parece estar mais cinzento, com o jornal diário a adiantar que a empresa teve que injectar dinheiro nas próprias bilheteiras, de modo a pagar reembolsos aos clientes pelas viagens compradas e não realizadas.
Ao que indica o Público, para pagar os salários de março e de abril a empresa foi autorizada pela tutela a utilizar entre entre os 20 e os 30 milhões de euros do saldo da conta de gerência de 2019, que por norma fica cativado nas Finanças.
A CP está ainda a dar cumprimento à exigência do Governo de limitar a lotação dos transportes públicos, pelo que a venda de lugares para os comboios Alfa Pendular e Intercidades, que têm reserva, está limitada a partir a um terço da sua capacidade.
Já nos comboios urbanos, sem reserva de lugar, a CP disse que está a fazer a "monitorização permanente das suas taxas de ocupação" para avaliar necessidades de "ajustamentos que se revelem necessários e possíveis, no contexto dos recursos humanos e materiais disponíveis".