"Apesar de no setor das pescas e na venda de pescado não se terem observado casos de covid-19, as tripulações estão preocupadas", notou Ricardo Serrão Santos, numa audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar.
O governante admitiu existir "dificuldade a bordo" no que concerne a aplicação de medidas de segurança e de mitigação do risco de contágio, mas garantiu que, dentro do possível, tem sido mantido o distanciamento físico.
"A bordo das embarcações há equipamentos de proteção individual [...]. Está em ação um programa de testes de [despiste à] covid-19 no setor", afirmou Ricardo Serrão Santos, em resposta aos deputados.
Por outro lado, o ministro do Mar assegurou que a venda de pescado 'online' "aumentou bastante", ressalvando que muitos mercados continuam a transacionar pescado.
"Nunca vi tanto pescado a ser levado porta a porta como agora. Não venda direta do pescador, mas através dos circuitos de mercados e comerciantes", referiu.
Após a primeira ronda de intervenções, Ricardo Serrão Santos notou ainda que, apesar de se verificar uma perda de rendimentos, a atividade continua a funcionar, acrescentando que têm chegado ao ministério pedidos de esclarecimento sobre os requisitos para ingressar no setor.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 250 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 1.063 pessoas das 25.524 confirmadas como infetadas, e há 1.712 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.