Plataforma de comércio Dott atinge 2,5 milhões de produtos no 1.º ano
O presidente executivo da Dott disse, em entrevista à Lusa, que a plataforma de comércio eletrónico atingiu 2,5 milhões de produtos no primeiro ano de atividade e admitiu a possibilidade de internacionalizar o conceito ainda em 2020.
© Reprodução Dott
Economia Comércio Online
Lançado em 01 de maio de 2019, o Dott, fruto de uma parceria entre a Sonae e os CTT, tem neste momento "2,5 milhões de produtos".
"Estamos bastante satisfeitos, em termos de produtos é mais do estávamos à espera", afirmou Gaspar D'Orey.
"Estamos praticamente com quase 1.000 vendedores, 99% das empresas são portuguesas a vender no Dott, o que, acima de tudo, nos dá a base da nossa missão: que é ser dos portugueses para os portugueses", acrescentou o responsável.
Por isso, o balanço do primeiro ano de atividade "é positivo", considerou.
"Estamos a falar de 1.000 empresas filtradas por nós, as empresas que aqui estão tanto são muito grandes, temos uma Central de Cervejas, uma Super Bock, como temos imensas empresas pequeninas que estão a vender" na plataforma de comércio eletrónico.
A empresa não divulga resultados de vendas, uma vez que é detida por duas empresas cotadas em bolsa.
Questionado sobre a possibilidade de exportar o conceito do Dott ainda durante este ano, Gaspar D'Orey afirmou: "Espero que sim".
Neste momento, "estamos a fazer os primeiros desenho de exportação do Dott", afirmou.
"Acima de tudo, o que é exportável aqui? É exportável a lista de produtos que nós temos e os vendedores que nós temos. Ou seja, há uma possibilidade gigantesca de eu pegar nestes 99% dos nossos vendedores que são portugueses vender para qualquer parte do mundo", acrescentou Gaspar D'Orey.
"À semelhança do que estamos a fazer em Portugal, onde tratamos de toda a cadeia logística, de pagamentos, de faturação -, ou seja, é um serviço 'chave na mão' para o vendedor -, como é que desenhamos isto para funcionar e para vender" para outro mercado, disse o gestor, explicando que é esta a fase de análise da plataforma eletrónica.
"Não acreditamos num modelo diferente do que nos pautou aqui em Portugal", defendeu.
Gaspar D'Orey disse que não há ainda um mercado definido, mas afastou da equação países como Espanha, França ou Inglaterra.
"Olhamos para outros mercados que também foram acelerados" a nível digital pela pandemia, apontou.
O objetivo "é escolhermos países onde falha a digitalização, que foi o que nos motivou" para a aposta no mercado português, prosseguiu.
"Leste europeu, pela facilidade intraeuropeia", é uma das hipóteses, mas não só, tudo depende dos testes que o Dott irá realizar para fazer a aposta, disse.
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