A parceria "deve permitir reduzir os custos e as despesas de investimento até 40% dos veículos", refere um comunicado da companhia franco-japonesa.
O anúncio surge numa altura em que o grupo enfrenta grandes dificuldades por causa da crise provocada pela pandemia de covid-19, estando prevista a divulgação na quinta-feira e na sexta feira de novos planos de contingência económica que devem incluir o encerramento de fábricas e despedimentos de trabalhadores.
A nova estratégia das três empresas foi apresentada hoje e refere-se à adoção de sinergias que têm como finalidade a redução dos custos em diversas atividades.
A estratégia apoia-se num esquema de nova liderança, com uma das empresas a servir de referente para cada modelo, zona geográfica e tecnologia.
Assim os outros dois parceiros devem beneficiar dos conhecimentos e da capacidade industrial da empresa que lidera cada um dos processos.
O objetivo é "reforçar a estratégia de padronização (...) desde a plataforma base até ao veículo completo".
A título de exemplo, o processo referente aos novos SUV (4x4 urbanos), Renault Kadjar e Nissan Qashqai, vai ser liderado pela Nissan, enquanto os pequenos SUV (Renault Captur e Nissan Juke), pela Renault.
No que diz respeito à localização geográfica, a Nissan deve tornar-se no referente para a República Popular da China, América do Norte e Japão, a Renault para a Europa, Rússia, América do Sul e Norte de África, e a Mitsubishi Motors vai ser o líder do grupo para os países asiáticos e Oceânia.
É ainda sublinhado que as empresas vão partilhar responsabilidades em várias tecnologias, ficando cada uma a liderar diferentes soluções tecnológicas.
A Nissan vai comandar o processo de produção e fabrico dos veículos não tripulados e modelos elétricos.
Noutro caso, a Mitsubishi vai ser o referente para as tecnologias híbridas recarregáveis dos veículos de médio e grande porte.