O estado atual dos transportes públicos coletivos de passageiros está "no centro das preocupações" da comissão executiva da Área Metropolitana de Lisboa e dos autarcas que participaram esta quinta-feira na reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa, realizada por videoconferência.
Numa nota enviada às redações, o Conselho aponta o aumento da oferta de serviço público de transportes, o reforço do cumprimento rigoroso de medidas de segurança e higienização nos veículos e a capacitação financeira do setor como o "eixo central" do trabalho que está a ser desenvolvido pela Área Metropolitana de Lisboa e pelos municípios.
Se estas já eram questões prementes, a sua resolução assume agora uma urgência e relevância maiores, tendo em conta "não só a situação epidemiológica na região, mas também,as estimativas da Área Metropolitana de Lisboa, que apontam para uma afluência mais elevada de utentes aos transportes públicos de passageiros no início do mês de junho, em função da entrada em vigor de novas medidas de desconfinamento.
Na sequência das indicações saídas da reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa, "e porque a normalização do sistema público de transportes é absolutamente essencial na retoma do conjunto das atividades económicas e na regularização da vida quotidiana", foram agendadas para os próximos dias várias reuniões e contactos entre autoridades de transportes, operadores públicos e privados, e membros do Governo, no sentido de tornar mais célere a adoção de novas medidas para o setor, faz saber o mesmo organismo.
No decurso da reunião do Conselho Metropolitano de Lisboa, lê-se no comunicado, "os municípios levantaram ainda várias questões relativas à gestão das praias e zonas costeiras no atual contexto pandémico". Porque se aproxima o início da época balnear, e há que salvaguardar todas as questões relacionadas com a higienização e segurança das praias, o mesmo organismo decidiu agendar, com carácter de urgência, uma reunião entre municípios e membros do Governo.
O Governo está hoje reunido em Conselho de Ministros para aprovar as medidas da terceira fase de deconfinamento que se iniciará do próximo dia 1 de junho, segunda-feira. Em cima da mesa estará a abertura de espaços comerciais com mais de 400 metros quadrados (não se sabendo ainda se as medidas vão abranger a região de Lisboa e Vale do Tejo, onde estão localizados alguns focos da doença). No dia 6 de junho, isso é certo, abre a época balnear.