"Não é o momento para traçar linhas vermelhas, é para abrir vias verdes"
Proposta da Comissão Europeia sobre o Fundo de Recuperação e orçamento plurianual da União Europeia é "inteligente", considera António Costa. O primeiro-ministro está confiante num acordo na próxima reunião entre os líderes europeus, agendada para meados de julho.
© DR
Economia Costa
O primeiro-ministro, António Costa, disse, esta sexta-feira, que a proposta da Comissão Europeia sobre o Fundo de Recuperação e orçamento plurianual da União Europeia é "inteligente" e, por isso, conta com o apoio português. "Agradado" com o resultado da discussão, Costa enalteceu que este é o momento de abrir "vias verdes" para a aprovação da proposta no próximo encontro, em meados de julho.
"Este não é o momento para traçar linhas vermelhas, é o momento para abrir vias verdes para um acordo já em julho", disse o primeiro-ministro, à saída da reunião do Conselho Europeu, que decorreu por videoconferência. "Julgamos que a posição da Comissão é muito inteligente e equilibrada", afirmou Costa.
Costa revelou que as próximas semanas vão ser de muito trabalho, mas acredita que os líderes europeus vão "criar condições para que no próximo Conselho Europeu" se consiga chegar a "um acordo".
Em direto: Declaração do Primeiro Ministro após reunião do Conselho Europeu https://t.co/UmPM4Rqhgp
— República Portuguesa (@govpt) June 19, 2020
Os líderes europeus iniciaram, esta sexta-feira, as negociações sobre o Fundo de Recuperação e orçamento plurianual da União Europeia propostos pela Comissão Europeia, numa cimeira por videoconferência que não se esperava ser conclusiva.
Na carta-convite dirigida aos chefes de Estado e de Governo dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, o próprio presidente do Conselho Europeu assume que esta primeira cimeira para discutir as propostas apresentadas pelo executivo comunitário visa apenas desbravar caminho com vista a um acordo numa posterior cimeira, que está agendada para meados de julho.
"O conselho que dou aos portugueses é que façam férias em Portugal"
Questionado sobre as medidas que estão a ser implementadas por alguns países que proíbem a entrada de portugueses nesses territórios, Costa não compreende e diz que "não basta olhar para o número de casos que existem, é preciso ver o peso desses casos no conjunto de testes realizados".
"A reação diplomática nacional é feita através dos canais próprios - é isso que temos feito e é isso que iremos continuar a fazer. Não é prática de Portugal fazer retaliações, nem é prática de Portugal ter esse tipo de visão das relações internacionais", declarou, após ser questionado sobre qual a reação político-diplomática que o seu Governo adotará face ao conjunto dos Estados-membros da União Europeia que estão a colocar entraves à chegada de passageiros provenientes do país.
Por outro lado, enfatizou Costa, "não estou muito preocupado quanto à imagem internacional de Portugal" e justificou com a decisão da UEFA tornada pública esta semana, de realizar as fases finais da Liga dos Campeões em território nacional.
"O conselho que dou aos portugueses é que façam férias em Portugal", rematou o primeiro-ministro e acrescentou: "Respeito todos os países, mas países que têm um terço ou metade dos testes feitos em relação a Portugal não se podem comparar com Portugal. Países que podem ter mais testes, mas têm uma taxa de mortalidade que é superior à nossa também questiono essa taxa de mortalidade".
[Notícia atualizada às 13h58]
Leia Também: Costa espera que Conselho Europeu "abra portas" para acordo em julho
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com