O Governo diz estar comprometido com o "rigor e disciplina" das contas públicas e admite que os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira, revelam já o "forte impacto" da pandemia nas contas do Estado, que registaram um défice de 1,1% do PIB.
"Depois de em 2019 ter atingido, pela primeira vez em democracia, um saldo excedentário (+0,2% do PIB), a estimativa reflete já o forte impacto que a pandemia da Covid-19 teve na evolução da economia portuguesa", sublinha o gabinete de João Leão, em comunicado.
"Os dados refletem também as condições económicas e orçamentais sólidas de Portugal em 2019, que permitem que os Portugueses tenham hoje confiança na resposta aos desafios que se colocaram no primeiro trimestre do ano. Os resultados da consolidação orçamental estão hoje ao serviço dos Portugueses, num momento de emergência nacional, decorrente da pandemia de Covid-19. O Governo mantém o compromisso com o rigor e a disciplina das contas públicas que asseguram a melhor gestão financeira e orçamental para o País", adianta o Ministério das Finanças, em comunicado.
A pandemia do novo coronavírus já teve impacto nas contas nacionais nos primeiros três meses do ano. Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), esta quarta-feira, revelam que o saldo orçamental das Administrações Públicas (AP) registou um défice de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre.