Na última reunião de ministros da Agricultura e Pescas sob presidência da Croácia, os 27 fizeram um balanço dos progressos realizados na reforma da Política Agrícola Comum (PAC), com Portugal a concordar com a presidência croata de que os avanços foram significativos, apesar do contexto difícil provocado pela pandemia da covid-19, que levou a que a maior parte dos trabalhos fossem realizados por videoconferência, como voltou a suceder com a reunião de hoje.
Segundo a ministra croata da Agricultura, "os progressos alcançados na reforma da PAC são consideráveis, para mais atendendo às circunstâncias extremamente difíceis em que a presidência croata e os Estados-membros tiveram de trabalhar para garantir que não se desperdiçasse tempo precioso".
"Além disso, fomos capazes de reagir rapidamente aos desafios relacionados com a covid-19 e de adotar medidas para assegurar a disponibilidade de alimentos em toda a UE e para prestar apoio aos agricultores, pescadores e produtores aquicultores mais afetados pela crise", acrescentou.
Na sua intervenção, a ministra portuguesa, Maria do Céu Albuquerque, "sublinhou os progressos alcançados e a expectativa da conclusão das negociações do quadro financeiro plurianual, essenciais para a conclusão das negociações da reforma da PAC", indica uma nota divulgada pelo seu Ministério.
Além do balanço do primeiro semestre, os 27 discutiram já "os domínios em que é necessário mais trabalho" no segundo, tendo Maria do Céu Albuquerque defendido que deve ser dada particular atenção a questões como "a simplificação do regime da pequena agricultura, a clarificação e equidade das medidas agroambientais e o apoio à organização da produção".
Já a ministra alemã, Júlia Klöchner, que presidirá à próxima reunião, destacou entre importantes desafios pela frente a redução da utilização dos pesticidas e dos fertilizantes, a estratégia "Do Prado ao Prato", recentemente apresentada pela Comissão Europeia, a conservação e a biodiversidade, a garantia do bem-estar animal e a ligação fundamental à nutrição.
A Alemanha assume já na quarta-feira a presidência semestral do Conselho da UE, dando arranque ao trio de presidências formado por Portugal, que sucederá a Berlim em 01 de janeiro de 2021, e Eslovénia, no segundo semestre do próximo ano.