Os Estados sueco e dinamarquês, que em conjunto detêm 30% das ações, e a fundação Wallenberg, o terceiro maior acionista, deram o seu aval a um plano que visa restabelecer o equilíbrio patrimonial com 1.359 milhões de euros, avançou hoje a SAS em comunicado.
O plano inclui a emissão direta de ações para grandes detentores de títulos, no montante de 191 milhões de euros, e de 381 milhões de euros para acionistas minoritários, além de vários títulos convertíveis.
O parlamento sueco já tinha aprovado há duas semanas um plano para financiar a SAS em 333 milhões de euros de euros, enquanto o parlamento dinamarquês anunciou um acordo com todos os partidos com representação parlamentar para injetar capital na transportadora aérea, sem adiantar números.
A companhia aérea está a negociar também uma ajuda com o Estado norueguês, antigo acionista da transportadora.
A maior companhia aérea escandinava, que transporta 30 milhões de passageiros anualmente, incluiu no seu plano de negócios revisto medidas de melhoria da eficiência avaliadas em 382 milhões de euros até 2022.
O presidente da companhia aérea, Carsten Dilling, disse que "o Conselho de Administração apoia e acredita que o plano apresenta uma via equilibrada, dada a magnitude da recapitalização e das medidas complementares".
A SAS, que já despediu cerca de 40% dos seus trabalhadores (aproximadamente 5.000 pessoas) devido à crise, não prevê uma recuperação total do tráfego aéreo antes de 2022.
A companhia aérea teve um prejuízo de 410 milhões de euros no primeiro semestre do ano fiscal (novembro a abril), triplicando as perdas contabilizadas no mesmo período do ano fiscal anterior.