O nível de desemprego no conjunto dos países da OCDE no final deste ano "será pior" que o registado durante crise financeira de 2008, adverte a Organização para o Comércio e Desenvolvimento Económico (OCDE) no último relatório sobre a evolução do mercado de trabalho.
A OCDE calcula que o emprego cairá, em média, 4,09% no final deste ano nos países que fazem parte da organização e que essa percentagem poderá aumentar para 4,98% se houver uma segunda vaga da pandemia.
A taxa de desemprego da OCDE, que era de 5% em fevereiro deste ano, antes dos primeiros efeitos dos confinamentos nos países serem sentidos, aumentou para 8,4% no mês de maio, uma décima acima do pico registado na crise financeira global de 2008-2009.
A partir daqui,a taxa de desemprego terá uma trajetória ascendente para se situar nos 9,4% no final deste ano, o que é justificado pela OCDE com a queda, sem precedentes, do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5%.
O relatório refere ainda que, caso haja um novo surto do novo coronavírus até o final do ano, a situação agravar-se-á e o desemprego aumentará em mais oito décimos devido à queda de 9,3% no PIB.
Até o final de 2021, a taxa de desemprego nos países da OCDE recuará, mas permanecerá muito alta nos 7,7%, se a recuperação da economia se materializar conforme esperado, lê-se no documento.
No caso de um cenário de um segundo surto da pandemia, a taxa de desemprego média dos países da OCDE situar-se-ia em 8,9%.
A Colômbia lidera a queda no número pessoas empregadas, entre 10,63% e 12,58%, no cenário de uma nova onda da pandemia de covid-19, sendo que é o país da OCDE que maior revés terá devido à sua situação inicial e à situação difícil na América do Sul.
A seguir, surgem os Estados Unidos com uma queda do número dos empregados que se situará entre 8,15 e 9,84%, Irlanda (6,67 e 8,21%), Portugal (5,65% e 7,10%) e a Espanha (5,28% e 6,38%), se ocorrer uma segunda vaga da pandemia.