Banco central angolano promete que novo kwanza não vai causar inflação

O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Massano, assegurou hoje que a entrada em circulação das novas notas do kwanza, a partir de 30 de julho, "não trará impacto negativo na formação de preços" dos produtos.

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Lusa
07/07/2020 14:25 ‧ 07/07/2020 por Lusa

Economia

Kwanza

O responsável que falava hoje na abertura da cerimónia oficial de apresentação das cinco novas notas do kwanza "Série 2020" disse que "não há motivos para receios", porque que a introdução de novas notas na economia não é um processo novo.

"Em 2013, quando entraram as notas que atualmente circulam não se assistiu à qualquer impacto negativo sobre a formação de preços, nem tivemos incidentes com rejeição ou perda de valores das notas que já se encontravam em circulação, com essas notas do kwanza o percurso não será diferente", garantiu.

O BNA apresentou hoje as cinco novas notas de kwanza, moeda nacional, cujo destaque na imagem central a efígie do primeiro Presidente angolano, António Agostinho Neto, com a imagem de José Eduardo dos Santos, segundo Presidente do país, de fora.

As novas notas de 200 kwanzas (0,3 euros), 500 kwanzas (0,75 euros), 1.000 kwanzas (1,5 euros), 2.000 kwanzas (3 euros) e de 5.000 kwanzas (7,5 euros) entram de circulação no mercado de forma faseada até janeiro de 2021.

Segundo José Massano, as novas notas do kwanza, "inspiradas na grandeza da Angola independente em paisagens de beleza única", contêm elementos da "nossa identidade cultural" e de segurança, modernidade e durabilidade.

As notas de 200 kwanzas a 2.000 kwanzas feitas de substrato de polímero (plástico) têm durabilidade "quatro vezes superior às feitas de algodão".

O novo substrato, observou, "é reciclável e deste modo amigo do ambiente".

"No nosso caso a durabilidade é muito relevante porque a intensidade no manuseio da nota faz com que a sua vida útil seja reduzida, elevando custos e saneamento do meio circulante", notou.

Para o governador do banco central angolano, as notas feitas em polímero apresentam "maior comodidade no seu uso e poupança financeira na gestão do meio circulante", sobretudo em zonas do país onde não há delegações do BNA ou balcões de bancos comerciais.

É característica comum no reverso de todas a notas a insígnia da República, a diversidade geográfica e cultural de Angola, bem como um micro texto com a letra integral do Hino Nacional de Angola "Angola Avante".

As novas notas possuem também uma impressão com relevo que permite a identificação das mesmas com perceção tátil, sobretudo para os deficientes visuais.

A "nova família do kwanza" vai conviver, simultaneamente, com as notas da série 2012 "até que o BNA entenda estarem reunidas condições para pôr fim ao seu curso legal".

Segundo as autoridades, as moedas metálicas continuam em circulação.

 

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