Os números dão conta de montantes que foram avançados em dois programas, um de empréstimos concedidos pelo Governo, outro pelo sistema bancário: 1,81 mil milhões de patacas (190 milhões de euros) e 5,21 mil milhões de patacas (550 milhões de euros), respetivamente.
As autoridades receberam até sábado mais de 11 mil candidaturas das PME, das quais foram aprovadas mais de 80%. A receção de candidaturas vai manter-se aberta até meados de setembro.
Macau foi dos primeiros territórios a ser atingido pela covid-19 e logo em fevereiro arrancou com um plano de ajuda, abrindo candidaturas para as PME, e mais tarde avançando com apoios específicos dirigidos à população.
Apesar de não ter qualquer caso ativo, nem qualquer surto comunitário, a capital mundial do jogo, muito dependente do mercado chinês, tem registado quebras significativas no número de visitantes devido às restrições fronteiriças e nos resultados da exploração dos casinos. Se antes as operadoras anunciavam lucros milionários, agora apresentam prejuízos que atingem as centenas de milhões de euros.
A dependência da economia face ao turismo mergulhou Macau numa crise, atingindo em especial as empresas associadas à indústria do jogo.
De tal forma que o chefe do Governo, Ho Iat Seng, afirmou na passada semana que o Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre 'encolheu' 58,2%, em comparação com o período homólogo de 2019, e que a diminuição no segundo trimestre é de 67,8%, também em termos anuais.
Só em 2019, Macau recebeu quase 40 milhões de turistas, em contraste com os poucos milhares de visitantes que atravessam diariamente a fronteira.
A esperança na revitalização da economia surgiu na passada semana para o território: a China planeia permitir a emissão de vistos individuais e de grupo para toda a vizinha província de Guangdong a 26 de agosto e alargar essa autorização em todo o país a partir de 23 de setembro, se se mantiver sob controlo a situação pandémica, uma decisão pela qual o setor do jogo e a indústria turística ansiavam.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 766 mil mortos e infetou mais de 21,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.