AHRESP quer adiar fim dos descartáveis nos restaurantes para 2021
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu esta terça-feira que a utilização de louça descartável nos restaurantes só deve ser proibida a partir de julho de 2021, face ao impacto da Covid-19 no setor.
© Jockey Restaurante
Economia Coronavírus
"No âmbito da legislação que determina a não utilização e não disponibilização de louça de plástico de uso único nas atividades da restauração e bebidas, aplicável a partir de 3 de setembro de 2020, a AHRESP defende alterações ao conteúdo e à data de entrada em vigor no sentido de acompanhar a diretiva dos plásticos que só entra em vigor em 3 de julho de 2021, dadas as circunstâncias particularmente difíceis que as nossas empresas atravessam, como consequência da covid-19", lê-se no boletim diário da associação.
Neste sentido, a AHRESP solicitou esta alteração à secretaria de Estado do Ambiente, apesar de reconhecer a "importância e necessidade de medidas com vista a proteção do ambiente, dos recursos naturais e à redução dos riscos ambientais".
Na segunda-feira, o ministro do Ambiente e da Ação Climática reiterou como fundamental a transposição da diretiva sobre plásticos descartáveis, que o Governo quer implementar em setembro, mas admitiu que a covid-19 "perturbou" esse trabalho.
"O que não temos dúvidas é que é fundamental transpor a diretiva dos plásticos. Comprometemo-nos em fazê-lo antes daquilo que são os prazos da União Europeia, 01 de julho de 2021", disse João Pedro Matos Fernandes, mas, acrescentou que "a questão da covid-19 perturbou todo este trabalho".
O ministro falava aos jornalistas no âmbito de uma visita à Casa dos Animais, uma estrutura da Câmara Municipal de Lisboa de apoio para cães e gatos, já que o Ministério do Ambiente irá ter a tutela dos animais de companhia.
Questionado sobre se a proibição do uso de plásticos descartáveis na restauração, prevista para setembro, se vai manter, ainda que alguns setores tenham já pedido um adiamento, o ministro afirmou apenas não ter "mais nada para dizer agora, assim que houver novidades elas serão públicas".
Matos Fernandes disse também que a maior preocupação em termos ambientais que tem em consequência da pandemia de covid-19 é o uso do descartável, que tem sido "um abuso".
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