O segundo trimestre, que foi o mais marcado pela pandemia da Covid-19, foi um período marcado pela diminuição das despesas das famílias, conforme divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE), na segunda-feira. Por outro lado, foi neste período que se registou o montante mais elevado de despesas relacionadas com bens alimentares desde que há registo.
No total, entre abril e junho, as famílias residentes em Portugal gastaram mais de 6,2 mil milhões de euros em bens alimentares, segundo os dados do INE.
As despesas das famílias residentes em Portugal diminuíram 15% no segundo trimestre do ano relativamente ao mesmo período de 2019, devido sobretudo à quebra na compra de bens duradouros.
Segundo as Contas Nacionais Trimestrais divulgadas na segunda-feira pelo INE, a despesa de consumo final das famílias residentes diminuiu 15% no segundo trimestre, após uma redução de 1,0% no trimestre anterior, sendo que a despesa em bens duradouros diminuiu 27,6%, "refletindo principalmente uma quebra abrupta das aquisições de veículos automóveis".
Já em relação ao primeiro trimestre, o consumo das famílias diminuiu 14%, "verificando-se uma variação em cadeia de -23,8% das despesas em bens duradouros (sobretudo de veículos automóveis), tendo as despesas em bens não duradouros e serviços diminuído 13,0% (taxas de -8,4% e -2,3% no 1º trimestre, respetivamente)".