"No atual contexto, uma subida do salário mínimo pode trazer mais desemprego e falências", avisa o Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade na sua nota de conjuntura de agosto, hoje divulgada.
Num contexto em que "a generalidade das previsões aponta para uma taxa de desemprego acima dos 7%, ou seja, acima do limite superior da chamada taxa natural de desemprego", o Fórum reitera que tal "deveria desencadear uma interrupção automática da subida extraordinária do salário mínimo".
Contudo, sustenta, "há argumentos adicionais que a recomendam".
"Por um lado -- explica - a taxa de inflação está praticamente a zero e, por outro, o setor com a maior percentagem de trabalhadores com salário mínimo, o do alojamento e restauração, é o que mais tem sofrido com a pandemia".
Assim, "no atual contexto, uma subida do salário mínimo pode trazer mais desemprego e falências".
No entender do Fórum para a Competitividade, "uma alternativa mais prudente seria o Estado dar apoio direto a estes trabalhadores, mas, havendo recursos para tal, seria prioritário garantir que todos os novos desempregados estão a receber subsídio, o que não parece ser ainda o caso".