Nessa avaliação, a canadiana DBRS manteve também o 'rating' com perspetiva estável tendo, no entanto, considerado que "a natureza pequena e aberta da economia portuguesa a coloca vulnerável ao tumulto financeiro e económico considerado pela atual crise de saúde global".
A agência de 'rating' perspetivou que "no mínimo", a economia portuguesa vai "provavelmente abrandar nos primeiros trimestres do ano à medida que as receitas do turismo caem, e a confiança dos consumidores e o sentimento industrial enfraquecem".
Num relatório publicado em 30 de julho deste ano, quando já eram conhecidos os primeiros impactos da pandemia, a DBRS Mornigstar referiu que "Portugal começou o ano numa posição melhor do que no começo da anterior crise".
No mesmo documento, a casa de notação considerou que as consequências da pandemia "vão levar a dívida portuguesa de volta a níveis registados depois da crise das dívidas soberanas europeias".
A DBRS lembra que em 2014 o nível de dívida pública portuguesa estava nos 134% do Produto Interno Bruto (PIB), e que "graças a anos de crescimento forte, consolidação orçamental e taxas de juro mais baixas, esse rácio desceu para 118% no ano passado".
No cenário macroeconómico que inscreveu na proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2020, o Governo estima que a dívida pública aumente para 134,4% do PIB em 2020.
Quanto às outras agências, a Standard & Poor's pronunciou-se em 11 de setembro, tendo mantido o 'rating' da dívida pública portuguesa em 'BBB' (nível de investimento) e a perspetiva como estável.
Também a Fitch deixou em maio inalterado o 'rating' de Portugal em 'BBB' e a perspetiva em 'estável'.
Por fim, a Moody's não atualizou, em julho, a classificação da dívida de longo prazo de Portugal, que assim se manteve em 'Baa3' e a perspetiva em 'positiva'.