As fortunas dos multimilionários dos EUA dispararam durante a pandemia
Enquanto milhões de norte-americanos sofreram as devastadoras da crise económica e social espoletada pela pandemia, a riqueza de mais de 640 multimilionários registou um crescimento de 713 mil milhões de euros.
© Reuters
Economia Coronavírus
A crise provocada pela pandemia de coronavírus deverá aumentar ainda mais as desigualdades no mundo nos anos vindouros. Aliás, o fosso já está a ser cavado neste momento em países como os Estados Unidos.
O mais recente Billionaire Bonanza publicado pelo Institute for Policy Studies revela que os 643 norte-americanos mais ricos não foram afetados pelas consequências da pandemia. Muito por contrário, na realidade.
Durante os dia 18 de março e 15 de setembro, estes multimilionários viram as suas fortunas disparar – acumularam 845 mil milhões de dólares (cerca de 713 mil milhões de euros), as suas riquezas combinadas cresceram 29%.
O estudo mostra que o rápido avolumar das fortunas destes multimilionários nos meses da pandemia aumentou o seu património líquido de 2,5 biliões de dólares (2,4 biliões de euros) para 3,8 biliões de dólares (3,2 biliões de euros).
Entre os ‘super-ricos’ cujas fortunas registaram um aumento maior contam-se Elon Musk, CEO da Tesla, Larry Ellison, CEO da Oracle, e o antigo ‘mayor’ de Nova Iorque e multimilionário, Michael Bloomberg.
Chuck Collins, diretor do Programa de Desigualdade do Institute for Policy Studies e que foi um dos autores do relatório agora divulgado, confessou à CNN que ficou de certa forma chocado com os números e acrescentou que a crise da pandemia está a “sobrecarregar as desigualdades existentes na América”.
“Eu pensei que seis meses após a pandemia toda a gente teria sido atingida. A diferença entre os lucros dos multimilionários e a miséria económica generalizada na nossa nação é dura. Dramatiza o sacrifício desigual e o elemento de especulação da acumulação de riqueza no topo”, constatou Collins.
A pandemia nos Estados Unidos gerou a maior crise de desemprego desde a Grande Depressão, com a taxa de desemprego a chegar aos 14,7% em abril. O país perdeu 11,5 milhões de empregos desde fevereiro.
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