A PRO.VAR enviou pedidos urgentes às "308 câmaras municipais, para que permitam a utilização de 'esplanadas cobertas'", e ao Governo um "pedido de reforço da fiscalização aos estabelecimentos de restauração no âmbito da covid-19", avançou à Lusa o presidente da associação, Daniel Serra.
"O regresso do inverno, no contexto da pandemia, acrescentou problemas ao setor da restauração, o crescimento do número de infetados e o impedimento do uso das esplanadas, por questões climatéricas, reduziu a lotação dos espaços para metade e coloca todo um setor sobre grande pressão", observou o dirigente, afirmando acreditar que a cobertura das esplanadas pode minorar o "risco de incumprimento dos clientes" e dos "empresários da restauração".
Daniel Serra referiu que o setor da restauração não pode ignorar que, nos últimos dias, "existiram episódios de incumprimento" que colocaram pessoas em risco e afetaram a confiança", e por essa razão a PRO.VAR pede que não se "poupe esforços" e apela ao Governo e às câmaras municipais que procurem "reforçar a fiscalização no terreno".
"Torna-se imperativo que se encontrem soluções para garantir que a restauração opere na máxima segurança, protegendo a saúde púbica e tenham por sua vez, a viabilidade", defende.
A PRO.VAR - Promover e Inovar a Restauração Nacional - é uma associação de restaurantes que nasceu em dezembro de 2014 como uma organização de "caráter moderno e inovador, que pretende assumir a figura legal de uma associação com vista à promoção, inovação e defesa do setor específico da restauração, desenvolvendo e planeando as suas atividades de acordo com linhas orientadoras modernas", lê-se no sítio oficial da Internet.
Como missão diz pretender assumir um protagonismo complementar e não concorrente às associações do setor.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 993.438 mortos e cerca de 32,6 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.944 pessoas dos 72.939 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.