"O IDC decidiu lançar uma campanha internacional de apoio económico, que permita aos 150 estivadores de Lisboa prosseguirem a luta pela recuperação dos postos de trabalho da A-ETPL (Associação -- Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa)", revelou fonte da organização mundial de estivadores à agência Lusa.
A mesma fonte adiantou que a comunicação interna enviada hoje a cerca de 200 mil estivadores de todo o mundo, salienta que há 150 trabalhadores do Porto de Lisboa "em greve desde o passado mês de fevereiro e que foram ilegalmente despedidos em março de 2020".
A fonte do IDC referiu ainda que "o processo de insolvência da A-ETPL foi de tal forma culposo que o próprio representante do Estado português se prepara para avançar com um pedido de indemnização cível contra os responsáveis patronais".
"Estamos certos de vir a recuperar cada um dos postos de trabalho, mas a verdade é que o tempo da justiça não acompanha o tempo da vida dos trabalhadores e das suas famílias", acrescentou.
Os 150 trabalhadores, alegadamente despedidos de forma ilegal, são representados pelo SEAL, Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística, e detêm cerca de 95% dos créditos da A-ETPL.
Na próxima assembleia de credores, no âmbito do processo de insolvência a correr no Tribunal do Comércio de Lisboa, os estivadores despedidos preparam-se para votar, e aprovar, um plano de recuperação da empresa, que, entretanto, deverá ser apresentado pelo novo Administrador de Insolvência.