O primeiro-ministro, António costa, entregou, esta quinta-feira, o esboço do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) à presidente da Comissão Europeia, tendo sido dos primeiros países a entregar o documento.
"Entregamos agora à Comissão [Europeia] e vamos trabalhando para que assim que os recursos estejam disponíveis possam começar a ser investidos e chegar à economia real", disse o primeiro-ministro.
António Costa referiu também que Ursula von der Leyen "ficou muito contente" com a entrega do plano português, "senão o primeiro, um dos primeiros a ser entregue", por ser o primeiro passo para a concretização de um projeto em que a Comissão Europeia "se empenhou muito" e que Costa qualificou de "passo histórico".
"É um bom sinal para a Comissão - que se empenhou muito em dar este passo histórico que é a emissão de dívida conjunta, e que constitui uma 'bazuca' para a economia europeia - ver que os países estão a trabalhar e têm projetos concretos para corresponder àquilo que é o reforço da UE", afirmou o primeiro-ministro.
Antes de entregar o PRR a Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro esteve reunido com o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, num encontro onde tiveram oportunidade de abordar o futuro quadro financeiro plurianual:
Comecei o dia em #Bruxelas com um encontro com o Presidente do @Europarl_EN, David Sassoli.Falámos das negociações em curso sobre o futuro quadro financeiro plurianual e dos principais temas em agenda da cimeira europeia de hoje e amanhã. pic.twitter.com/FekRykkwX2
— António Costa (@antoniocostapm) October 15, 2020
O PRR prevê um investimento de 12,9 mil milhões de euros em resiliência e transição climática e digital -- as três áreas em que o plano foi dividido.
Para a resiliência, que junta as vulnerabilidades sociais, o potencial produtivo e a competitividade e coesão territorial, o Governo prevê um investimento de sete mil milhões de euros, mais de metade do total, sendo que a maior parcela, 3.200 milhões, será aplicado no Serviço Nacional de Saúde, na habitação e em respostas sociais.
Para o potencial produtivo, que agrega o investimento e inovação com qualificações profissionais, estão destinados 2.500 milhões de euros. Já para a competitividade e coesão territorial são previstos 1.500 milhões de euros.
Para a transição climática, o plano prevê um investimento de 2.700 milhões de euros e para a transição digital estão alocados três mil milhões, divididos entre as escolas, as empresas e a administração pública.