Sindicatos recusam pressões para trabalhadores saírem do Santander Totta

O Sindicato dos Bancários do Norte, Sindicato dos Quadros Técnicos Bancários e Sindicato Independente da Banca disseram hoje que não é admissível qualquer pressão ou ameaça do Santander Totta aos trabalhadores para aceitarem sair por acordo.

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Lusa
16/10/2020 13:34 ‧ 16/10/2020 por Lusa

Economia

Bancos

"Estes sindicatos não admitirão a existência de qualquer forma de pressão, ameaça, assédio ou coação, atuando sempre que se mostre necessário, junto das entidades competentes para o efeito e de acordo com todos os mecanismos legais apropriados para a defesa dos direitos dos seus associados", lê-se no comunicado hoje divulgado.

Os três sindicatos consideraram ainda que "este procedimento massificado não se compagina com a prática que o Banco Santander sempre seguiu" e que é "surpreendente numa instituição que se tem notabilizado pelos lucros que, repetida e sistematicamente, obtém em Portugal".

O Mais Sindicato (ex-Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas) e o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) revelaram na quinta-feira que "muitos trabalhadores" do Santander Totta estão a receber propostas de rescisão por mútuo acordo e afirmaram que não vão aceitar que sejam alvo "de qualquer tipo de pressão ou ameaça" para as aceitarem.

Numa declaração enviada à Lusa, o Santander Totta afirmou que sua a atuação "não sofreu alterações", acrescentando que se mantém, para este ano, o número médio de trabalhadores a saírem por acordo, reforma ou pré-reforma.

"A nossa atuação não sofreu alterações. A política que tem sido seguida e que continuamos a executar é de as saídas serem feitas por acordo entre o banco e cada trabalhador. Não prevemos que durante o corrente ano se altere o número médio de colaboradores que sairão por acordo, reforma e pré-reforma", disse a instituição financeira numa nota enviada à Lusa.

A Lusa questionou o Santander sobre o número concreto de trabalhadores que deverão sair no âmbito deste processo, mas não obteve resposta.

Em 2019, 249 funcionários saíram do Santander Totta, tendo então o banco liderado por Pedro Castro e Almeida 6.188 trabalhadores.

Já no final de junho deste ano, o banco contava com 6.163 trabalhadores, menos 25 do que em final de 2019.

As agências eram 491 em junho, menos 14 do que em fim de 2019.

O Santander Totta teve lucros de 172,9 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, menos 37,3% face ao mesmo período do ano passado.

A redução da estrutura dos bancos tem vindo a acontecer nos últimos anos e vai continuar nos próximos meses e anos.

No final de julho, a agência de 'rating' Fitch considerava que, face à nova ameaça para o setor bancário português que representa a crise da covid-19, uma das medidas que os bancos tomarão serão novas reestruturações.

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