As medidas foram anunciadas no ministério da Economia, cujo titular da pasta, Martín Guzmán, já tinha antecipado na semana passada que haveria uma "mudança de direção" em termos de política de controlo de capital para o chamado dólar "contado com liquidação" CCL, que é obtido comprando localmente ações ou títulos com pesos argentinos e vendedo-os em dólares em Wall Street.
A cotação do CCL tem aumentado de forma sustentada desde que em 15 de setembro as autoridades argentinas impuseram novas restrições para a compra de dólares no mercado cambial, com o objetivo de tratar a queda de reservas monetárias do Banco Central.
O CCL, que encerrou na segunda-feira a valor 165 pesos por unidade, quase mais 113% do que o preço do dólar no mercado oficial.
No comunicado, o ministério da Economia reconheceu que as regras impostas há um mês tendem a reduzir a liquidez do mercado de CCL, "causando uma volatilidade que prejudica o processo de formação de expectativas".
Nesse sentido, anunciou que, como parte da reorientação do esquemas de regras, o regulador do mercado argentino CNV vai reduzir para três dias o período mínimo que um investidor deve manter na sua carteira títulos adquiridos antes de vendê-los.
A CNV também favorecerá o processo de intermediação para aumentar a liquidez dos instrumentos locais.
Em paralelo, o Banco Central irá revogar uma disposição que proibía não residentes de vender títulos na Argentina com liquidação em moeda estrangeira, tendo em vosta fomentar as operações com emissões locais nos mercados regulados do país.