"Recebi indicações de que, por razões que incluem a situação sanitária e os acontecimentos atuais, as delegações não poderão tomar uma decisão formal em 09 de novembro", indicou o presidente da comissão de seleção da OMC, segundo um documento citado pela AFP.
"A reunião será adiada até nova ordem e neste período vou continuar as consultas com as delegações", anunciou.
Oito candidatos - cinco homens e três mulheres - estavam na corrida à liderança da OMC, uma instituição em crise e que tem sido muito criticada pelos Estados Unidos nos últimos tempos.
Após um processo de seleção que durou seis meses, foi anunciado no dia 28 de outubro que a candidata que estava em melhor posição para suceder ao brasileiro Roberto Azevedo era a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala.
Os Estados Unidos manifestaram, no entanto, a sua oposição a esta escolha e disseram apoiar a outra candidata, a sul-coreana Yoo Myung-hee.
O veto norte-americano mergulhou a OMC, onde as decisões são tomadas por consenso, na maior incerteza, uma vez que Azevedo deixou o cargo no final de agosto, um ano antes do previsto.
Nos últimos dias, surgiram informações sugerindo que seria pouco provável que os países se entendessem sobre o nome do novo diretor-geral enquanto Donald Trump estiver na Casa Branca e vários diplomatas pediram o adiamento da reunião, segundo a AFP.
O nome do diretor-geral pode teoricamente ser escolhido por voto, mas os países têm evitado recorrer a esse processo.
Em 1999, devido a divergências, os países optaram por dividir o mandato em dois exercícios para dois candidatos, em vez de recorrerem a votação.