As restrições à circulação que vão vigorar nos próximos dois fins de semana levaram o Pingo Doce a alargar o horário de funcionamento, antecipando a abertura para as 6h30, mas nem todos os supermercados vão alinhar nesta medida. O Lidl e a Auchan são dois desses exemplos.
Em resposta ao Notícias ao Minuto, fonte do Lidl adiantou que "este fim-de-semana, todas as suas 259 lojas em Portugal Continental, de Norte a Sul do país, manterão os seus horários habituais".
Além disso, o grupo acrescenta que os "clientes poderão continuar a contar com o Lidl, realizando as suas compras com tranquilidade, ao longo de toda a tarde de sábado e domingo. Não é por isso necessário ir a correr às lojas da parte da manhã, podendo os clientes utilizar este tempo para tratar de assuntos que só poderão ser tratados até as 13h", pode ler-se.
Isto porque as deslocações a mercearias e supermercados são uma das exceções na proibição de circulação na via pública nas tardes e noites dos próximos dois fins de semana, nos 121 concelhos de maior risco de contágio pelo novo coronavírus.
Também a Auchan, que estava a analisar o assunto, disse em resposta ao Notícias ao Minuto que a marca vai "manter os seus horários", uma vez que considera que os serviços que atualmente presta aos clientes "asseguram, neste contexto, uma compra confortável e segura", pode ler-se.
Fonte da Sonae MC, dona do Continente, adiantou ao Notícias ao Minuto que "já há algumas semanas que a Sonae MC antecipou o horário de abertura de algumas lojas para as 08h00 e estendeu os horários de encerramento", pode ler-se.
Direitos de trabalhadores de supermercados "não estão suspensos"
A iniciativa do Pingo Doce surge "dadas as limitações à circulação" nos próximos fins de semana e "tendo em conta também a possibilidade de haver restrições adicionais à circulação entre concelhos", disse fonte oficial da Jerónimo Martins, numa resposta enviada ao Notícias ao Minuto.
Deste modo, a "maioria" dos supermercados da marca Pingo Doce vão abrir às 6h30 e encerrar às 22h00, uma medida que a empresa vê "contribuir para evitar a concentração de pessoas nas lojas no período da manhã", segundo a mesma fonte.
Na quarta-feira, saliente-se, o sindicato dos trabalhadores de supermercados confirmou à Lusa ter recebido queixas sobre abertura antecipada para as 6h30 no fim de semana e diz que "com ou sem Estado de Emergência, os direitos dos trabalhadores não estão suspensos".
O sindicato afeto à CGTP adiantou estar ainda a tentar saber mais pormenores sobre a decisão, nomeadamente se serão feitas horas extra e, nesse caso, como serão compensados os trabalhadores.
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) disse, também, estar a "receber denúncias dos trabalhadores do setor retalhista, onde estão a querer alterar dias de descanso e alterar horários".
[Notícia atualizada às 11h06.]