ANTRAL reclama mais apoios para o setor do táxi e ameaça "ir para a rua"
A ANTRAL reclamou hoje mais apoios para os taxistas, como a criação de uma linha específica a fundo perdido e a devolução das taxas que são pagas às câmaras municipais, ameaçando "ir para a rua" em protesto.
© Getty Images
Economia Covid-19
"Temos contactado com todas as instituições, inclusivamente a Câmara Municipal de Lisboa, para que seja atribuído algum subsídio para o setor do táxi e não tivemos resposta de ninguém", disse à Lusa o presidente da ANTRAL - Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, Florêncio Almeida.
Entre as medidas defendidas para ajudar o setor do táxi com a situação vivida devido à pandemia de covid-19, Florêncio Almeida defendeu mais apoios por parte da Câmara Municipal de Lisboa, "que já vai apoiar outros ramos de atividade e não pode esquecer os táxis que prestam um serviço público na cidade".
"A Câmara Municipal de Lisboa recebe entre meio milhão a um milhão de euros por ano só na transferência de licenças e substituição de viaturas, não contando com a derrama, os impostos", salientou o presidente da ANTRAL.
Por isso, acrescentou, já seria "uma forte ajuda" a autarquia "durante um ou dois anos devolver esse dinheiro aos táxis de Lisboa, que corresponderia à devolução de dois ou três mil euros a cada".
"No momento em que todas as atividades passam as suas dificuldades, acho que a Câmara se apoia uma [atividade] deve apoiar todas", insistiu.
Além disso, continuou, deveria ser criada uma linha de apoio a fundo perdido "sem a burocratização toda" que existe, "um apoio mais facilitado".
"Como tem sido até aqui muito dificilmente os táxis lá chegam, 75% das empresas têm um único táxi, aquilo é um posto de trabalho, aquilo não é uma empresa, é um posto de trabalho", enfatizou.
Florêncio Almeida referiu ainda que, caso os taxistas não obtenham qualquer tido de resposta até à próxima semana, irão "para a rua".
"Mas, agora vai ser com carros", acrescentou, adiantando que a direção da ANTRAL irá reunir-se na quarta-feira para "decidir o que fazer no futuro".
Portugal contabiliza pelo menos 3.762 mortos associados à covid-19 em 249.498 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 23 de novembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado e municípios vizinhos. A medida abrange 191 concelhos.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com