"Apesar de as compras 'online' serem já uma realidade para muitos, têm ganho uma dimensão cada vez maior", indicou a empresa num comunicado em que deu conta do estudo 'White Paper' covid-19, que envolveu 24 países europeus, incluindo Portugal.
Segundo os resultados deste trabalho, "mais de metade dos portugueses (52%) afirma comprar mais online do que há um ano", uma percentagem "superior à de Espanha, 46%, e à média europeia de 43%", indicou a Intrum.
Fazer compras 'online' é visto pelos portugueses como uma atividade "cómoda e, para muitos, segura, que evita deslocações às lojas, eliminando assim os riscos associados a aglomerados de pessoas e filas", segundo a mesma nota.
O estudo da Intrum indica ainda que "43% dos portugueses inquiridos afirmam querer manter este comportamento e continuar a comprar pela internet mesmo depois da pandemia. Uma percentagem superior à média europeia e de Espanha, que se fica pelos 37%", descobriu a empresa.
A Intrum cita depois dados da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), em 2020, que mostram que "a quebra das vendas face ao ano passado oscila entre os 30% e os 40% devido à covid-19".
Os resultados do estudo mostram que os consumidores, cada vez mais, focam os seus gastos em "bens de primeira necessidade" e "isto levou a que os inquiridos considerassem que a covid-19 tenha também um lado positivo -- passaram a gastar menos dinheiro em bens não essenciais", segundo a mesma nota.
Segundo a Intrum, o top dos países "que reconhecem gastar menos devido à covid-19, é liderado pela Estónia (65%), e logo a seguir pela França (47%)", sendo que Portugal se encontra "em 8.º lugar com uma percentagem de 38%", sendo que a "média europeia se situa nos 36%".
Este estudo foi baseado numa pesquisa externa realizada em maio de 2020, envolvendo cerca de 5.000 consumidores em 24 países da Europa - incluindo Portugal.