A restauração continua a ser penalizada pelas medidas de combate à pandemia, sendo que os dados mais recentes da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) revelam que quase metade dos restaurantes em espaços arrendados já têm rendas em atraso.
"Perante esta situação, em que a renda representa mais que 20% dos custos para 69% das empresas, 45% dos arrendatários já estão com rendas em atraso (mais de 65% já tem 3 ou mais meses de renda em atraso)", pode ler-se no boletim da AHRESP.
Além disso, cerca de 56% das empresas registaram uma quebra superior a 60% na faturação de novembro, face ao mês homólogo. Para os próximos três meses - dezembro a fevereiro - mais de 61% das empresas estimam uma quebra de faturação acima de 50%, comparado com o período homólogo.
"Em dezembro, face às estimativas de faturação, mais de 51% das empresas não irá conseguir suportar os encargos habituais (pessoal, energia, fornecedores e outros)", mês especialmente marcado pelo recolher obrigatório a partir das 13h aos fins de semana nos concelhos onde a situação da Covid-19 é mais crítica.
Mais de 40% das empresas pondera avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos.
A AHRESP realizou os inquéritos de monitorização às empresas do alojamento turístico e das empresas da restauração e bebidas relativos ao mês de novembro, que decorreram entre o dia 30 de novembro e 7 de dezembro de 2020.