Uma "parte significativa" dos 580 milhões de euros que serão canalizados através do apoio de emergência europeu "tem a ver com a oportunidade de introduzir liquidez na economia o mais depressa possível", disse o social-democrata, depois de identificar a "tesouraria das empresas" como uma "primeira prioridade".
O líder do executivo regional falava, em conferência de imprensa, depois de ter recebido em audiência os representantes da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores.
Para o social-democrata, o "período de 2020-2027" deve "potenciar uma reorganização da distribuição das verbas para a economia", para que haja "mais equilíbrio entre aquilo que é investido no investimento público e aquilo que é o investimento privado, por via do tecido empresarial regional".
"Vamos procurar agir com eficácia e sobretudo a otimização destes recursos na economia", defendeu.
Numa audiência em que um dos temas abordados foi o destino das verbas que os Açores receberão do Plano de Recuperação e Resiliência, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores, David Marcos, destacou como maior preocupação "a sobrevivência das empresas".
"Se fosse possível arranjar mais medidas para auxiliar todas as empresas e manter o emprego, era isso que gostaríamos", afirmou o dirigente.
Em cima da mesa estiveram também temas como os transportes ou a fiscalidade, mas o representante lembrou que, "em relação à fiscalidade, por exemplo, o Governo já anunciou que tem como objetivo reduzir os impostos, nomeadamente o IVA".
"A nossa expectativa, enquanto Câmara do Comércio, é que essa redução aconteça já em 2021. Se não acontecer, também não é grave, mas achamos que é possível e foi isso que transmitimos", afirmou.
O programa do Governo dos Açores, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, que conta com o apoio parlamentar da Iniciativa Liberal e do Chega, prevê a redução dos impostos até ao máximo do diferencial permitido pela Lei de Finanças das Regiões Autónomas.