Mata de Leiria? "Intervenções estão a decorrer no tempo certo"
Matos Fernandes falou ainda sobre a refinaria da Galp em Matosinhos para esclarecer que esta "encerrou transitoriamente por causa da Covid" e o dono "constatou que não há já consumo em Portugal que justifique a existência de duas refinarias".
© Global Imagens
País Matos Fernandes
João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Ação Climática, deslocou-se esta quarta-feira à Mata Nacional de Leiria, e onde, em declarações à RTP3, falou sobre o encerramento da refinaria da Galp em Matosinhos. Este "aconteceu por vontade do seu dono em função de não ter negócio".
"Ela encerrou transitoriamente por causa da Covid e o dono da refinaria constatou que não há já consumo em Portugal que justifique a existência de duas refinarias", acrescentou.
Já sobre o projeto do lítio, o governante esclareceu que "Portugal tem um projeto, indo ao encontro do que é a estratégia para as matérias primas da União Europeia, de aproveitar as matérias que tem para contribuir para o desenvolvimento económico do país e da Europa".
"É um investimento de atores privados, diversos, onde não faço a mais pequena ideia qual o papel que a Galp quer ter ou não quer ter aqui", acrescentou, garantindo que "é muito importante para Portugal ter uma refinaria de lítio".
Quanto à questão que levou à visita do ministro à Marinha Grande, a recuperação da Mata Nacional de Leiria após o grande incêndio de 2017, Matos Fernandes frisou que as "intervenções estão a decorrer no tempo certo". "Aqueles que disseram que o ICNF esperou tempo demais para saber da regeneração, hoje ficou visto que não têm razão nenhuma".
O governante acrescentou que o que ali aconteceu foi uma situação "dramática num ano dramático de incêndios" num ano em que "ardeu 85% de todo o Pinhal do Rei". "Logo a seguir, e durante mais de um ano, foi preciso cortar todas estas árvores ardidas, remover esta madeira daqui. Aquilo que aconteceu a seguir foi perceber as áreas onde existe regeneração natural, onde sabíamos que ela era impossível [...] e aí interviemos", advogou.
Agora, e "deixando passar mais esta primavera", há a "expectativa" de confirmar que "em mais de 2 mil hectares também pode haver regenração natural". E repetiu: "Os que disseram que ela era impossível enganaram-se. Vimos hoje ao lado de pinheiros que já têm dois anos pinheirinhos muito pequeninos que só saíram da terra há poucos meses".
[Última atualização às 12h15]
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