A greve de quatro dias, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira (STIV), decorre no último dia de 2020 e continua no dia 02, 03 e 04 de janeiro.
Fátima Messias, coordenadora da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), que integra o STIV, disse à agência Lusa que os trabalhadores "lutam pela defesa do atual período normal de trabalho, de segunda a sexta-feira, rejeitando a imposição patronal de laboração contínua a partir de 02 de janeiro de 2021".
"Dos 109 trabalhadores da empresa, cerca de 100 assinaram um documento contra a implementação do trabalho ao fim de semana porque lhes prejudica a vida pessoal e familiar, dado que alguns até são casais e não têm onde deixar os filhos", afirmou.
Para a sindicalista, "não se justifica que uma empresa de lentes não pare a laboração ao fim de semana, além de que isso contraria o que está definido no Acordo de Empresa, que prevê laboração, em regime de turnos, de segunda a sexta-feira".
A paralisação vai impedir que a empresa imponha a laboração continua em 02 de janeiro e, segundo Fátima Messias, o STIV e a federação vão tentar impugnar judicialmente a decisão unilateral da empresa, para defender a posição assumida pelos trabalhadores.
A greve termina às 24:00 do dia 04 de janeiro de 2021.
Leia Também: Sindicato faz balanço positivo da greve no grupo EGF, empresa discorda