Portugal estava no patamar de 'A-' desde março de 2024, quando a S&P subiu a classificação de 'BBB+' para 'A-', levando o país, treze anos depois, a estar entre os níveis 'A' de todas as principais agências.
Em agosto do ano passado, a agência de notação manteve o 'rating' de Portugal em 'A-', com perspetiva positiva, tendo agora voltado a melhorar para 'A' e mantendo o 'outlook' (perspetiva).
"O país deverá registar pequenos excedentes orçamentais entre 2025-2028, reduzindo a dívida pública em percentagem do PIB mais rapidamente do que a maioria dos outros países europeus desde a pandemia", indicou a S&P, na revisão, citada pela agência Bloomberg.
O calendário das agências de notação financeira arrancou este ano com a DBRS a subir o 'rating' de Portugal para 'A' (elevado), do anterior 'A', em janeiro, pelo que esta é já a segunda melhoria em 2025.
Esta subida da classificação de Portugal já era antecipada pelos analistas ouvidos pela Lusa.
Paulo Monteiro Rosa, economista sénior do Banco Carregosa, apontou que, "num contexto de melhoria contínua das contas públicas portuguesas e de redução do 'spread' face à dívida alemã", era esperado que a S&P seguisse o caminho da DBRS.
Já Vítor Madeira, analista da Xtb, tinha sinalizado, em antecipação do anúncio de hoje, que "dadas as condições económicas favoráveis e a resiliência das 'yields' das obrigações, que se mantêm nos 3,008%, tudo sugere que a S&P manterá o 'rating' da dívida portuguesa em 'A-' ou que possa mesmo vir a elevar esta classificação".
O 'rating' é uma avaliação atribuída pelas agências de notação financeira, com grande impacto para o financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.
[Notícia atualizada às 21h35]
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