De acordo com um comunicado emitido pela Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP na sexta-feira, os leilões de hoje realizam-se às 10h30, "com maturidade em 18 de outubro de 2030 e 12 de outubro de 2035, com um montante indicativo global entre EUR 1.000 milhões e EUR 1.250 milhões".
O IGCP planeia emitir 15 mil milhões de euros de dívida em OT durante este ano.
Segundo um comunicado de imprensa da entidade presidida por Cristina Casalinho, o Programa de Financiamento da República Portuguesa contempla que "o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2021 deverá situar-se em cerca de 14 mil milhões de euros".
"A estratégia de financiamento para 2021 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros em EUR [euros] com realização regular de emissões de Obrigações do Tesouro (OT), para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário", pode ler-se na nota informativa.
De acordo com o IGCP, "um montante de EUR 15 mil milhões será obtido via emissão bruta de OT, combinando sindicatos e leilões, assegurando emissões mensais", sendo que os leilões "terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP)", realizados às segundas ou quartas quartas-feiras de cada mês.
"O montante indicativo e as linhas de OT a reabrir serão anunciados ao mercado até três dias úteis antes do leilão", de acordo com o comunicado divulgado hoje.
Relativamente a Bilhetes do Tesouro (BT), o IGCP espera que o financiamento líquido resultante da sua emissão "tenha um impacto nulo no saldo", acrescentando a entidade que "será mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva, combinando prazos curtos com prazos longos".
"O IGCP manterá a realização de leilões mensais de BT na terceira quarta-feira de cada mês e, se a procura de investidores o justificar, pode usar também a primeira quarta-feira", refere a entidade liderada por Cristina Casalinho.
Também na quinta-feira o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que autoriza o ICGP "a emitir dívida pública de acordo com os limites estabelecidos no Orçamento do Estado para 2021", segundo o comunicado hoje divulgado no final da reunião.
De acordo com o OE2021, o Estado pode endividar-se este ano até aos 19,9 mil milhões de euros.