"Face à gravidade da situação atual, acrescendo ainda o facto de Portugal assumir a Presidência da União Europeia, é fundamental que os titulares de órgãos de soberania, em particular o Presidente da República, os membros do Governo, o presidente da Assembleia da República, e os principais responsáveis das forças de segurança, devem (...) ser vacinados com a maior brevidade, de forma a que possam cumprir as suas funções nas melhores condições", defende a CCP em comunicado.
A confederação liderada por João Vieira Lopes sublinha que, "por muito respeito que possam merecer os critérios técnicos para a definição das pessoas abrangidas em cada fase de vacinação, outros valores têm que ser equacionados em simultâneo, nomeadamente a estabilidade e o regular funcionamento das instituições do Estado".
Para a CCP, não se pode deixar "que algum populismo possa conduzir ao adiamento" desta decisão, que considera "urgente, até do ponto de vista da imagem que se quer deixar destes seis meses de Presidência Portuguesa da União Europeia".
A confederação realça que "praticamente todos os dias, o país é confrontado com a notícia de que o Presidente da República ou um membro do Governo está ou pode estar infetado com covid-19."
Os exemplos mais recentes são os do ministros de Estado e das Finanças, João Leão, que no sábado anunciou que tinha testado positivo à covid-19, e o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, que está em isolamento profilático.
Esta situação obriga ao isolamento, "não só dos próprios como de muitos colaboradores, já para não dizer que, uma vez mais, também membros da Comissão Europeia ficam obrigados a isolamento por contactos com dirigentes portugueses", sublinha a CCP.
Além de João Leão e de Pedro Siza Vieira, na quinta-feira, o Governo confirmou que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, tinha testado positivo à covid-19, estando em isolamento profilático desde segunda-feira.
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