A gestora, que integrou o painel "Reorienting Boards for the Long Term" (Reorientar os Conselhos de Administração para o Longo Prazo), defendeu "que esta mudança é estrutural", recordando que em 2020 "coisas que se achavam impossíveis passaram a ser possíveis".
"Foi um teste muito grande àimportância dos valores, como a missão e a transparência", indicou, acrescentando que "seria uma pena" que estas mudanças não fossem a longo prazo.
"A comunicação foi chave nesse sentido", indicou, referindo que a empresa tem todos os anos, na área do retalho "uma reunião com mil pessoas", mas este ano realizou um encontro "com nove mil", equacionando no futuro "manter as duas".
A presidente executiva da Sonae defendeu ainda que "em 2021 os conselhos de administração das empresas devem focar-se no planeta e nas pessoas, estabelecendo objetivos ambiciosos, envolvendo todos e premiando o esforço de cada um".
Cláudia Azevedo acredita que "a pandemia veio demonstrar a importância dos valores, do propósito e das pessoas para as empresas".
"Na Sonae temos a missão de criar valor económico e social de longo prazo, mas quando me tornei CEO da Sonae houve quem comentasse que era impossível conjugar retorno financeiro com a criação de valor social. O último ano veio demonstrar que isso era possível e desejável", afirmou.
Devido à pandemia, este ano a conferência de Davos decorre em formato digital até ao dia 29 de janeiro.
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