Mais de metade dos sindicatos que representam os trabalhadores da TAP assinaram o "acordo de emergência", de acordo com o ECO. As negociações levaram também a um aumento do patamar a partir do qual serão feitos os cortes salariais.
De acordo com o mesmo jornal, que cita fonte próxima das negociações, os trabalhadores que recebem mais de 1.330 euros terão cortes, face aos 900 euros anteriormente estabelecidos. Para a generalidade das áreas a diminuição salarial será de 25%, mas no caso dos pilotos vai até aos 50%.
Esta manhã, o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) anunciou ter chegado a um acordo com a TAP, mas só divulgará detalhes no fim das negociações, que prevê ocorrerem no final do dia de hoje.
"Chegámos hoje [quinta-feira] ao final da tarde, em conjunto com a TAP e o Governo, a um acordo de emergência", refere o sindicato numa nota enviada aos seus associados no final da noite de quinta-feira, a que a Lusa teve acesso.
O SPAC refere que, a pedido dos seus interlocutores, assumiu "o compromisso de só divulgar os detalhes do acordo após o final das negociações" entre a TAP e o Governo e as outras estruturas representativas dos trabalhadores, "o que se prevê que venha a acontecer amanhã [hoje, sexta-feira] ao fim do dia".
"Assim que tal acontecer, enviaremos o acordo de emergência a todos os senhores associados, para que o possam analisar com toda a atenção e a devida antecedência em relação à Assembleia de Empresa, que será agendada pelo senhor presidente da Mesa da Assembleia-Geral", acrescenta.
O Governo apresentou, em dezembro, o plano de reestruturação da TAP, que contemplava um máximo de dois mil despedimentos, cortes de 25% nos salários acima de 900 euros e apoios que podem atingir 3,7 mil milhões de euros até 2024.