A economia alemã cresceu 0,3% nos últimos três meses de 2020 - e não 0,1% como a Destatis tinha anunciado anteriormente quando publicou os dados preliminares no final de janeiro - fazendo com que o valor anual seja ligeiramente abaixo dos 5% então estimados.
No ano passado, a economia alemã sofreu uma queda drástica de até 9,7% no segundo trimestre, seguida de uma forte recuperação, de 8,5%, no terceiro trimestre.
"No quarto trimestre essa recuperação abrandou devido ao novo confinamento decretado para travar a segunda vaga da covid-19", explicou a Destatis num comunicado.
A revisão dos dados relativos aos últimos meses do ano em que a crise da covid-19 eclodiu proporciona, portanto, uma visão ligeiramente menos negativa do que a comunicada, embora a Destatis confirme a queda do consumo interno, de menos 3,3% no quarto trimestre em comparação com o terceiro.
Este número é, contudo, menos dramático do que o do segundo trimestre, quando a queda do consumo interno atingiu 11% devido ao impacto do primeiro confinamento, que na Alemanha nunca foi tão rigoroso como noutros países europeus.
O comércio externo foi o suporte da recuperação registada no final do ano, já que no último trimestre foram exportados mais 4,5% bens e serviços do que no terceiro e as importações aumentaram 3,7%, com menos força porque foram adquiridos menos serviços nesse período, explicou a Destatis.
A agência compara os resultados da economia alemã com os de outros países europeus e constata diferenças, pois enquanto em Espanha, como na Alemanha, o último trimestre registou uma recuperação (0,4% no caso espanhol), o PIB caiu 1,3% em França e 2% em Itália.
A Destatis observa também que toda a União Europeia registou no quarto trimestre de 2020 uma queda de 0,4% em relação ao trimestre anterior e que nos Estados Unidos o PIB cresceu 1% naquele período.
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