De acordo com o plano estratégico 2021-2025 hoje apresentado, a rotação de ativos continua a ser uma das estratégias para acelerar o crescimento do grupo energético, prevendo-se um encaixe de 8.000 milhões de euros.
O presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, adiantou que o plano prevê reduzir a percentagem de rotação de ativos dos cerca de 50% nos últimos dois anos, para "entre um terço a dois terços" da nova capacidade adicionada.
Segundo o documento, em 2019 e 2020, a EDP alienou cerca de 50% da nova capacidade instalada, e deverá descer essa percentagem para 40% entre 2021-23 e 30% nos últimos anos do plano (2024-25).
Ainda assim, em valor a rotação de ativos sobe uma vez que, nos próximos cinco anos, a capacidade instalada do grupo vai disparar, com um desenvolvimento de quatro GW/ano, duplicando a atual capacidade solar e eólica.
Assim, até 2025, dos 20 GW previstos, cerca de 65% ficarão em propriedade da EDP, face aos atuais 50%.
No anterior plano, a EDP previa 1.000 milhões de euros anuais em rotação de ativos entre 2019 e 2021, o que acabou por ser superado com um encaixe de 2.300 milhões de euros em apenas dois anos (2019 e 2020).
A EDP prevê realizar 80% do investimento previsto até 2025 na Europa e na América do Norte, em partes iguais, invertendo a primazia que deu aos EUA nos últimos anos, e reduz no Brasil, segundo o plano estratégico.
De acordo com o plano estratégico 2021-25, a EDP vai investir 24.000 milhões de euros na transição energética, dos quais 80% em energias renováveis - tecnologias eólica, solar, hidrogénio verde e armazenamento de energia - o que vai permitir que, em 2030, 100% da eletricidade produzida seja a partir de fontes renováveis.
Segundo o plano hoje apresentado aos analistas pelo presidente executivo, Miguel Stilwell d'Andrade, por geografias, 80% do investimento será na Europa (40%) e na América do Norte (40%), 15% no Brasil e na América Latina e os outros 5% no "resto do mundo".
No anterior plano estratégico, apresentado em março de 2019, os EUA eram o destino de 40% do investimento da energética, seguidos pela Europa (35%) e Brasil (25%), mercado em que a EDP pretende desacelerar os investimentos nos próximos anos.
A EDP quer ter mais 50 gigawatt (GW) em energia limpa até 2030, passando de uma produção renovável atual de 74% para 100% em 2030, de acordo com o plano estratégico para 2021-25 divulgado hoje.