Em comunicado, a Fesaht disse que a Eurest, pertencente ao grupo inglês Compass "depois de recentemente ter feito um despedimento coletivo de 116 trabalhadores, informou hoje que é intenção da empresa proceder ao despedimento coletivo de 146 trabalhadores, 141 dos quais mulheres".
"Confirma-se [que] estamos a levar a cabo um despedimento coletivo de colaboradores que estão afetos a empresas que fecharam e que não temos qualquer perspetiva de quando possam reabrir (ou se vão reabrir); outros pertencem a unidades que reduziram radicalmente o número de refeições; outros são de áreas de negócio que encerramos (ex: 'vending') e, finalmente, alguns estavam em quadros excedentários, mas a empresa não consegue continuar a manter", indicou a Eurest, contactada pela Lusa, sem confirmar os números.
A Fesaht, por sua vez, garantiu que a Eurest "tem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros anualmente, dá milhões de lucros todos os anos, recebeu e continua a receber apoios do Estado neste período de pandemia".
A empresa contrapõe e salienta que não está "a receber qualquer apoio", recordando que nesse caso não poderia "estar a conduzir um despedimento coletivo".
Os representantes dos trabalhadores indicam que "não há nenhum motivo para a empresa recorrer a despedimentos coletivos", salientando que "não há mais nenhuma empresa do setor das cantinas e refeitórios com processos de despedimento coletivo".
"Tomemos como exemplo as cantinas do IEFP: houve concurso público no final do ano 2020; a empresa já explorava o serviço de refeições; se entendia que não era rentável, não concorria", referiu.
De acordo com a Fesaht, "neste processo, a empresa inclui novamente trabalhadores das cantinas, bares, 'vending' [máquinas de venda automática] e cafetarias de fábricas, institutos públicos", bem como "faculdades públicas e privadas, escolas, estações ferroviárias, CTT, áreas de serviço e restauração pública".
A Fesaht garantiu que, "com este despedimento, a Eurest despede 262 trabalhadores, sendo 238 mulheres".
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